Todo o fim de ano é a mesma coisa: a maldita irritante vinheta da Rede Globo, as retrospectivas, parva nostalgia embalada para presente, camisetas brancas estampando as vitrines, champanhes e fogos vendendo aos borbotões e um sem números de chavões sobre esperança que chega a dar engulhos. Nesse clima de hipocrisia transbordante, com a atenção desnorteada entre o passado e o futuro, em que a verdade não passa de um borrão indivisível, é que necessitamos de um veneno que não nos permita olhar o que já foi, nem ansiar o que será. Um veneno que nos paralise no único instante possível para vivermos a realidade que apenas é. Sugiro aqui um veneno chamado 1984 escrito pelo genial George Orwell acompanhado da bela canção Xique-Xique do igualmente admirável Tom Zé. E engolfados desse veneno onírico será possível acompanharmos o poeta em seu versar: "meu tempo é quando".
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Lumpesinato
O substantivo masculino alemão "lumpenproletariat" ("lumpen"+"proletariat") foi aportuguesado pelo dicionário brasileiro Aurélio (2ª edição) para lumpesinato ou lumpemproletariado (com m antes de cada p, como estipula a Base XIII do Acordo Ortográfico de 1945). "Na sociologia marxista", esta palavra designa a "camada social carente de consciência política, constituida pelos operários que vivem na miséria extrema e por indivíduos que vivem direta ou indiretamente desvinculados da produção social e que se dedicam a atividades marginais, como, por exemplo, o roubo e a prostituição".
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